Da planta que mais prezavas,
Que era, filha, os teus amores,
Venho, de pranto orvalhadas,
Trazer-te as primeiras flores.
Em vez de afogar-te o seio,
D'enfeitar-te as lindas tranças,
Perfumarão esta lousa
Do jasigo em que descansas.
Já lhes falta aquele viço
Que o teu desvelo lhes dava...
Gelou-se a mão protetora
Que tão fagueira as regava.
Desgraçadas violentas,
A fim prematuro correm...
Pobres flores!... Também sentem!
Também de saudades morrem!...
Araujo Viana
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