Uma por uma da existência, as flores
Se a existência que temos é florida,
Uma por uma, no correr da vida,
Fanadas vi sem viço e vi sem côres.
Sonho mundanos sois enganadores,
Alma que vos sonhou, geme iludidas,
Existência de flores tão despidas,
Que te fica senão tristeza e dores?
Do mundo as ilusões perdi funestas,
A noitejar da idade, em esperança amargura,
Esperança cristã, só tu me restas!
Fujo contigo desta vida impura,
Nas crenças que, tão mística, me emprestas
Transponho ante da morte a sepultura.
José Maria do Amaral
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