O TEMPO TEIMA
Cadê o ócio antigo,
o ócio amigo?
O companheiro
caseiro
que me ajudou
a ser o ser
que não sou,
que não sente...
Que gosta
de pouca coisa
de pouca gente...
Que gosta
pouco...
E hoje,
louco,
teme a solidão.
Eu, especialista em tempo de sobra,
quase quero uma multinacional
pra trabalhar (quase...)
ou algo para beber (se gostasse de beber...).
Ah, esquecer... esquecer...
tudo o que não fiz.
E amanhã?
Entrarei novamente (com essa mente antiga)
no consultório da terapia (tortura!)
sem saber quem vai sair.
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