Ah, como dói saber que os mesmos braços
Que enlaçaram o meu corpo já não mais
Guardam de mim lembranças e sinais!
Ah, como dói este romper de laços!
Ah, como fitam os meus olhos baços
Em meu espelho os refletidos ais
Do coração, lugar de onde não sais,
E onde tu ocupas todos os espaços!
Ah, quem me dera um dia eu habitar
Terras estéreis e não mais plantar
Estas sementes vis de sofrimentos!
Talvez por companhia só lembranças,
A alma vazia e mortas esperanças
De ir aos teus braços no vagão dos ventos.
Sílvia Schmidt
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